Mais Saúde

A mãe, o bebé e as primeiras semanas

A mãe e o bebé, as primeiras semanas

 

“A Mãe e o Bebé – As Primeiras Semanas” é um projeto colaborativo dos Serviços de Pediatra, de Obstetrícia e Ginecologia, de Nutrição e de Psicologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa que tem como destinatárias as grávidas seguidas nas consultas de Obstetrícia e nas sessões de Preparação para o Parto desta instituição de saúde.

Nas últimas semanas da gravidez, estas futuras mães são convidadas a assistir a uma das sessões públicas deste projeto, apresentadas por especialistas daqueles Serviços, e que são realizadas mensalmente no auditório do Hospital Padre Américo.

O objetivo destas sessões é transmitir informações práticas sobre os cuidados de saúde que a mãe deve ter consigo durante o puerpério, sobre os cuidados a prestar ao bebé nas primeiras semanas de vida e esclarecer as dúvidas que as futuras mães possam ter acerca destes mesmos temas.

Nos separadores que se seguem – “O bebé: as primeiras semanas”, “Puerpério. O que mãe deve saber”, “A nutrição ideal da mãe” e “O bem-estar mental da recém-mamã” – encontram-se os conteúdos informativos apresentados nas sessões públicas deste projeto.

SaudávelMente – Conversas de Filhos e Pais

 

Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias!

 

São tantas as vezes que ouvimos a expressão “é preciso pouco para fazer uma criança feliz”. A pergunta é curta, mas as respostas não são simples nem lineares. Afinal o que faz uma criança feliz? As respostas podem variar, mas todas têm um ponto em que estão de acordo: a felicidade dos mais pequenos depende dos mais velhos.

O que faz uma criança feliz é ver a sua família feliz. É ter colo, ser abraçado, receber elogios por ter conseguido superar, conquistar e aprender; ver televisão e passear em família; praticar jogos tradicionais; brincar, sujar-se, ser livre, ser criança, ser ele próprio!

É ter a casa como o seu ninho de conforto, é ter os pais como porto seguro, e não como um centro de hesitações e mudanças. É amar e ser amado, com muitas regras e regras firmes, mas também com muito amor, colo e muitas pepitas de alegria (e, algumas, de chocolate).

Fazer uma criança feliz é mais simples do que parece e muito menos complicado do que fazemos. Qual a receita? Quais os ingredientes fundamentais que os pais devem utilizar? Os ingredientes são: dormir bem, comer saudavelmente e que os seus pais sejam tranquilos e confiantes. Os ingredientes que tornam a receita única passam por doses generosas de confiança, bom senso e amor. Precisam de muito amor, mas também de regras, para se sentirem seguras e com um genuíno sentimento de pertença. A confiança é dos ingredientes mais importantes em todo o processo!

Pais, concentrem-se nela e naquilo em que acreditam! Sigam o vosso instinto com amor, está quase sempre certo! A pitada de bom senso fará toda a diferença. O foco nestes ingredientes é essencial para pais felizes, logo, para filhos felizes e para relações saudáveis.

O que faz as crianças felizes são coisas muito pequenas que se fazem grandes. A ida ao supermercado, as brincadeiras na praia, a espuma no banho. As pequenas surpresas: um pai que começa a dançar, uma mãe que faz o pino, uma avó que a vai buscar à escola. E, também, as pequenas doses de liberdade e conquista: correr pelo campo e apanhar insetos flores, correrem soltos enquanto riem alto e cantam a plenos pulmões, um passeio de bicicleta sem rodinhas, uma festinha a um cão ou gato.

As pequenas rotinas: a história antes de dormir, o abraço antes de entrar na escola, a pasta de dentes com sabor a morango. As pequenas fugas à rotina: a música que se canta no carro, ir para a cama dos pais ou vestir o casaco do super-herói para dormir.

As pequenas sensações: abrir um presente, marcar um golo, fazer biscoitos ou dizer adeus ao avião. As pequenas conquistas: pintar um desenho dentro das linhas, arrumar o quarto, calçar os sapatos ou aprender a andar de bicicleta. E, sobretudo, os pequenos mimos: o colo, o beijo e o abraço.

Que os dias felizes sejam mais longos.

 

A Enf.ª Elisabete Teixeira (Enf.ª Saúde Mental e Psiquiátrica, a
Enf.ª Fernanda Centenico (Enf.ª Pediatria), a Enf.ª Sónia Santos
(Enf.ª Pediatria) e o Dr. Tiago Branco (Médico Pediatra) lançam
a rubrica “Crescer SaudávelMente – conversas de filhos e pais!”
Gostamos de falar com pessoas de todas as idades. Somos
quatro. Poucos. Mas outros vão chegando!

“O doente com obesidade mórbida é um doente complexo que precisa de uma preparação específica multidisciplinar para ser submetido a um tratamento cirúrgico o mais seguro possível e, ainda, fundamental para um bom resultado final de todo o processo, torna-se imprescindível a mudança de hábitos alimentares e higiénico-sanitários que conduzam à correta e suficiente perda de peso para melhorar comorbilidades, aumentar a sobrevida dos doentes e, obviamente, evitar o reganho de peso e recidiva das comorbilidades a longo prazo.”

Consulte aqui o folheto informativo entregue na consulta de Avaliação Multidisciplinar para Tratamento Cirúrgico da Obesidade:

Follheto Informativo – Cirurgia Bariátrica, Centro de Tratamento Cirúrgico da Obesidade, Serviço de Cirurgia do CHTS, EPE (Ficheiro PDF, 794 KB)

E-BOOKS NUTRIÇÃO – Dicas para uma alimentação saudável

 

O Serviço de Nutrição e Dietética do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) tem como preocupação permanente a qualidade e ocupa, assim, um lugar cimeiro na sua estratégia de promoção de hábitos alimentares saudáveis em contexto de consulta e na divulgação de materiais para a comunidade.

Neste sentido, é lançada uma série de e-books com dicas para a promoção de uma alimentação saudável, visando a prevenção da obesidade e outras doenças. Clique nos links abaixo para consultar os diferentes temas:

 

1. Dicas para Lanches Saudáveis (Ficheiro PDF, 2,24 MB, A4)

 

2. Água – A importância na alimentação (Ficheiro PDF, 5,86 MB)

 

Descomplicar a gravidez é um projeto do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) que tem por objetivo eliminar mitos e esclarecer dúvidas da população acerca da gravidez.

Fabiana Castro, António Pinho e Maria Liz Coelho, Médicos Internos de Formação Específica de Ginecologia e Obstetrícia, são os responsáveis pelo desenvolvimento deste projeto, sob orientação de Médicos Especialistas.

Poderá consultar nos separadores laterais os seguintes temas:

O SONO NA INFÂNCIA – RECOMENDAÇÕES PARA A PROMOÇÃO DE HÁBITOS DE SONO SAUDÁVEIS

O sono é uma função natural que sofre alterações ao longo da vida. Dormir é essencial para o crescimento e desenvolvimento, e para a manutenção do estado de saúde, quer seja ele, físico, mental ou intelectual.

Os períodos de sono e de vigília são impostos pelo nosso relógio biológico, que é influenciado por fatores externos, tal como a luz do dia. Durante o sono há uma diminuição do estado de consciência e da mobilidade, no entanto o nosso corpo mantém-se ativo para restabelecer os vários sistemas, repor energia e assegurar a capacidade de defesa às infeções. Assim, o sono favorece o desenvolvimento de processos de auto-regulação fundamentais para o desenvolvimento emocional da criança e das suas interações sociais futuras.

As principais consequências de défice de sono na infância são: sonolência, humor variável, irritabilidade, diminuição da capacidade de atenção, dificuldade de memória e aprendizagem e comportamento hiperativo ou agressivo.
A duração do sono normal em crianças é variável (mesmo dentro da mesma faixa etária), e as necessidades diárias de sono decrescem ao longo da vida.

Os recém-nascidos passam 70% do seu tempo a dormir e os seus despertares são relacionados com a fome ou desconforto. A partir do primeiro mês de vida, o sono vai-se consolidando em torno do período noturno. O número de despertares noturnos vai reduzindo gradualmente desde esse momento até ao 1º ano de vida.
A sesta é importante para a consolidação da memória e da aprendizagem. Se a criança permanece acordada durante o dia sem comprometer a atenção, humor e atividade, é sinal de que não necessita de sesta.

Entre os 2 e os 5 anos, podem surgir algumas alterações no sono: terrores noturnos, despertar confusional, pesadelos, sonambulismo ou enurese noturna (perdas de urina). A criança pode acordar em diferentes momentos da noite, por vezes assustada, agitada, chorosa, a gritar ou até a andar de forma específica ou repetitiva. É possível que na manhã seguinte não se lembre do que aconteceu. Nestas situações, a criança pode retomar o sono de forma tranquila ou precisará de ajuda para adormecer.

Entre os jovens, o sono pode muitas vezes ser desvalorizado, mas é esperado que estes se apresentem mais sonolentos, principalmente no período da manhã. Isto acontece devido a alterações biológicas, endócrinas e psíquicas que interferem com o ritmo circadiano e consequentemente com o sono nessa fase da vida.

 

Higiene do Sono

Um bom padrão de sono permite que a criança seja mais saudável.
A “higiene do sono” não é mais do que o estabelecimento de rotinas e estratégias que permitem à criança sentir-se segura, adormecer tranquila e ter qualidade de sono durante o seu crescimento e vida adulta. Ao longo do seu desenvolvimento, as suas necessidades relativamente ao sono vão sofrendo alterações e, por isso, é fundamental adaptar estes hábitos à faixa etária e individualidade de cada criança.

 

Conselhos de higiene do sono para a criança e adolescente:

1. Manter um horário regular para a criança se deitar e para acordar, que deve ser mantido todos os dias, e não deve variar mais do que uma hora nos fins de semana;
2. Criar uma rotina diária que transmita segurança à criança. Esta rotina deve ser consistente e previsível e pode incluir o banho, o jantar e a ida para o quarto;
3. Cerca de 30 a 60 minutos antes da hora de dormir, a criança deve ser envolvida em atividades calmas e relaxantes, que permitam que desacelere da agitação do seu dia-a-dia. A leitura de uma história e ouvir música calma são exemplos de atividades que pode adotar;
4. O ambiente do quarto deve ser confortável, silencioso, com uma temperatura amena e escuro. Se necessário, pode usar uma luz de presença. A cama deve ser confortável e adaptada à criança;
5. O recurso a objetos eletrónicos como televisão, telemóveis ou tablets tendem a estimular a criança. A luz e o ruído emitido por estes aparelhos causam perturbação do sono, pelo que devem ficar fora do quarto;
6. Para as crianças mais pequenas, deve permitir o uso do objeto preferido da criança – objeto de transição – para que se sinta protegida. Exemplos destes objetos são: a chupeta, um peluche pequeno ou uma fralda de pano;
7. A alimentação também tem um papel muito importante na qualidade do sono. A criança não deve ir dormir com fome nem de “barriga muito cheia” para não perturbar o adormecimento;
8. Não devem ser ingeridas bebidas e alimentos com estimulantes (refrigerantes, chás, café e chocolates) nas horas que antecedem o sono;
9. Deve ser evitada a ingestão de líquidos antes de dormir para evitar várias idas ao WC e consequentes despertares noturnos.

“Não se pode viver sem dormir, assim como não se pode viver sem respirar. A alternância entre a vigília e o sono constitui um ritmo fundamental da espécie humana assumindo particular importância durante a infância” (Sociedade Portuguesa de Pediatria, 2017, pág. 2).

Artigo Elaborado por:

Ana Catarina Fernandes;

Ana Cláudia Barbosa;

Ana Rita Silva;

Cátia Duarte;

Goreti Gomes;

Isabel Gomes;

Raquel Santos

Tânia Leonardo;

Elementos do NESIP – Núcleo de Enfermeiros Especialistas em Saúde Infantil e Pediátrica

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Almeida, C. (2017). Socorro! O meu bebé não dorme. Porto: Porto Editora.
• Associação Portuguesa de Sono; Associação Portuguesa de Pediatria (13 de 10 de 2020). APS. Retirado de: [https://apsono.com/images/higienesono.pdf].
• Departamento Científico de Medicina do sono (2017). Parassonias. Retirado de: [https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/20176c-DocCientifico_-_Parassonias.pdf]
• Direcção Geral de Saúde. (2013). Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil. Retirado de: [https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/programa-tipo-de-atuacao-em-saude-infantil-e-juvenil-png.aspx].
• Direcção Geral de Saúde. (2015). Programa Nacional de Saúde Escolar. Retirado de: [https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0152015-de-12082015-pdf.aspx].
• Geib, L. T. (2006). Moduladores dos hábitos de sono na infância. Revista Brasileira de Enfermagem, REBEn, pp. 564-568.
• Geib, L. T. (2007). Desenvolvimento dos estados de sono na infância. Revista Brasileira de Enfermagem, REBEn, pp. 323-326.
• Hockenberry, M.; Winkelstein, M.; Wilson, D. (2006). Wong : fundamentos de enfermagem pediátrica (7ª Edição ed.). São Paulo: Mosby.
• Papalia, D.; Olds, S. W.; Feldman, D. R. (2001). O Mundo da Criança. Lisboa: Editora McGraw-Hill de Portugal.
• Paruthi, S.; Brooks, L. J.; D’Ambrosio, C.; Hall, W. A.; Kotagal, S.; Lloyd, R. M.; Malow, B. A.; Maski, K.; Nichols, C.; Quan, S. F.; Rosen, C. L.; Troester, M. M. (2016). Recommended Amount of Sleep for Pediatric Populations: A Consensus Statement of the American Academy of Sleep Medicine. Jornal ofClinicalSleep Medicine, Vol. 12 (6), 785-786. Retirado de: [https://aasm.org/resources/pdf/pediatricsleepdurationconsensus.pdf].
• Salavessa, M.; Vilariça, P. (2009). Problemas de sono em idade pediátrica. Dossier: saúde mental infantil, 584-591.
• Schub, T.; Engelke, Z. (2018). Patient Education: Teaching Adolescents and Children about Sleep Hygiene (Sleep Habits) Techniques. NursingPractice&Skill.
• Sociedade Portuguesa de Pediatria (2017). Recomendações SPS-SPP: Prática da Sesta da criança nas Creches e Infantários, Públicos ou Privados. Retirado de:[http://www.spp.pt/UserFiles/file/Noticias_2017/VERSAO%20PROFISSIONAIS%20DE%20SAUDE_RECOMENDACOES%20SPS-SPP%20SESTA%20NA%20CRIANCA.pdf].
• Weiss, S. K. (2010). Dicas para os pais: prevenção e gestão de problemas de sono. Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância, 1-7.

A mãe, o bebé e as primeiras semanas

A mãe e o bebé, as primeiras semanas

 

“A Mãe e o Bebé – As Primeiras Semanas” é um projeto colaborativo dos Serviços de Pediatra, de Obstetrícia e Ginecologia, de Nutrição e de Psicologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa que tem como destinatárias as grávidas seguidas nas consultas de Obstetrícia e nas sessões de Preparação para o Parto desta instituição de saúde.

Nas últimas semanas da gravidez, estas futuras mães são convidadas a assistir a uma das sessões públicas deste projeto, apresentadas por especialistas daqueles Serviços, e que são realizadas mensalmente no auditório do Hospital Padre Américo.

O objetivo destas sessões é transmitir informações práticas sobre os cuidados de saúde que a mãe deve ter consigo durante o puerpério, sobre os cuidados a prestar ao bebé nas primeiras semanas de vida e esclarecer as dúvidas que as futuras mães possam ter acerca destes mesmos temas.

Nos separadores que se seguem – “O bebé: as primeiras semanas”, “Puerpério. O que mãe deve saber”, “A nutrição ideal da mãe” e “O bem-estar mental da recém-mamã” – encontram-se os conteúdos informativos apresentados nas sessões públicas deste projeto.

Aleitamento Materno

 

O leite materno é o alimento completo, seguro, mais adequado ao desenvolvimento da criança, e por isso recomendado, em exclusivo até aos 6 meses, e como complemento da diversificação alimentar, pelo menos até aos 2 anos. A sua importância para a saúde, verifica-se ao longo de todo o ciclo vital e justifica a sua promoção, com divulgação dos seus benefícios junto da população.

Conheça todas as vantagens e benefícios do aleitamento materno:

Sabia que o Apoio é fundamental para o Sucesso da Amamentação?
Sabia que o Leite Materno previne infeções?
Sabia que o Leite Materno também tem benefícios para a mãe?
Sabia que o Leite Materno também tem benefícios para a sociedade?
Sabia que o Leite Materno tem influência na construção do Sistema Imunitário?
Sabia que o Leite Materno é o melhor alimento para o bebé?

Consulte, clicando nos links abaixo, os folhetos distribuídos pelo Serviço de Cirurgia 2 e Consulta de Estomaterapia:

Aprender a viver com uma Ileostomia (Ficheiro PDF, 1MB, A4)

Aprender a viver com uma Colostomia (Ficheiro PDF, 1MB, A4)

Gripe: vacine-se e proteja- se!

 

Rita Ferraz, Infeciologista, Coordenadora Unidade de Doenças Infeciosas

Rita Veiga Ferraz, Coordenadora Unidade Doenças Infeciosas

A gripe é uma doença respiratória causada pelo vírus Influenza e transmite-se através de gotículas emitidas pelas pessoas infetadas enquanto estas falam, tossem ou espirram.

Os sintomas da gripe são conhecidos por todos: mal-estar geral, febre, dores musculares e de garganta, tosse, corrimento nasal, congestão ocular, dores de cabeça, cansaço.

Pode ser, por alguns, considerada uma doença sem importância, e é frequentemente indistinguível de outras infeções víricas também comuns, mas existem determinadas situações em que o risco de desenvolver complicações é maior e até indivíduos saudáveis podem ter um desfecho negativo.

Essas complicações podem ser a pneumonia, otite, sinusite, descompensação de patologia cardíaca ou respiratória pré-existente e até a morte.

Aqueles que apresentam maior risco de sofrerem essas complicações são: pessoas nos extremos de idade, inferior a cinco e superior a 65 anos, as grávidas, e as que sofrem de patologias crónicas.

A doença grave, a evolução desfavorável e a hospitalização podem ser prevenidas através da vacinação anual. Esta está indicada para indivíduos com idade superior a 6 meses e deve ser administrada antes do início da epidemia da gripe. Após a sua administração, são necessárias cerca de duas semanas para que se produzam anticorpos contra o vírus em quantidade suficiente para conferir proteção à infeção.

Outras medidas preventivas consistem em evitar o contacto próximo com pessoas doentes, sendo fundamental a lavagem frequente das mãos.

Se tiver sintomas sugestivos de gripe, fique em casa e evite contacto com outras pessoas, a não ser que apresente sinais de alerta que devam motivar avaliação por um médico, nomeadamente, dificuldade em respirar, dor no peito, vómitos muito frequentes, tonturas, melhoria inicial com surgimento novamente de febre e agravamento dos sintomas.

Vacine-se e proteja- se! E não, a vacina não causa gripe. A vacina serve exatamente para a prevenir!

Inaladores: como utilizar

 

Usados no tratamento de algumas doenças respiratórias, nomeadamente, da asma e da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), os inaladores devem ser utilizados correctamente para que se obtenham os melhores resultados.

O CHTS disponibiliza aqui vários folhetos com imagens e indicações sobre como utilizar cada um destes dispositivos.

 Inalador pressurizado

Inalador pressurizado com câmara expansora

Inalador névoa suave

Inalador de pó seco Zonda

Inalador de pó seco Turbohaler Twisthaler

Inalador de pó seco Spiromax

Inalador de pó seco Handihaler

Inalador de pó seco Genuair

Inalador de pó seco Ellipta Forspiro

Inalador de pó seco Easyhaler

Inalador de pó seco Diskus

Inalador de pó seco Aerolizer Breezhaler

Inalador de névoa suave com câmara expansora

 

Infeção VIH: prevenção e rastreio

 

A infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) é uma doença crónica e indolente que não tendo ainda cura, tem tratamento. Nos dias de hoje as pessoas que vivem com VIH têm uma esperança média de vida semelhante a pessoas não portadoras do vírus, desde que cumpram a terapêutica antiretrovirica.

Em Portugal vivem com o VIH, atualmente, mais de 34 mil pessoas, o que corresponde a uma prevalência na população geral de cerca de 0.7%.

Os diagnósticos da infeção no nosso país continuam a ser efetuados demasiado tardiamente, o que se associa a um pior prognóstico da doença.

Devemos lembrar-nos de que esta doença é invariavelmente fatal se não tratada, uma vez que a depleção do sistema imunológico se manifesta eventualmente por infeções oportunistas ou neoplasias agressivas e de difícil tratamento.

É fundamental atuar na prevenção e no rastreio precoce que deve ser facilitado e sem barreiras.

A quimioprofilaxia/prevenção primária da infeção pelo VIH (PrEP, do inglês pre-exposure prophylaxis) é uma prática já estabelecida em muitos centros de referência internacional, encontrando-se legislada e tendo sido emitida uma norma da DGS que recomenda a sua realização em todas as unidades hospitalares onde é efetuada consulta e terapêutica para o VIH/SIDA. Associada a recomendações e orientações facilitadoras e educativas, a PrEP associa-se a uma redução potencial dos novos casos de infeção pelo VIH em cerca de 90%. O objetivo principal é reduzir a incidência de infeção pelo VIH em população de risco e, assim, conseguir também redução da prevalência dos comportamentos de risco visados.

A consulta de PrEP é realizada no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), desde 2019, pela Unidade de Doenças Infeciosas e qualquer doente pode solicitar agendamento de consulta por email – consulta.infeciologia.prep@chts.min-saude.pt – ou então diretamente no Balcão da consulta externa.

Tiago Meirinhos, reumatologista

Tiago Meirinhos, reumatologista

 

Osteoporose, a doença silenciosa

A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da densidade mineral do osso, tornando-o mais fraco e suscetível às fraturas que ocorrem tipicamente na anca, coluna vertebral ou punho. Habitualmente não pensamos nesta doença até nos “cair” nas mãos, com fraturas em nós ou nos nossos familiares.

A maioria das fraturas ocorre em pequenos acidentes domésticos. Assim, é essencial a adoção de medidas preventivas de forma a minimizar este risco: a iluminação em casa deverá ser adequada e de fácil acesso, para evitar por exemplo as quedas nas idas à casa de banho durante a noite; as banheiras deverão ser substituídas por polibãs e o uso de carpetes deverá ser limitado, uma vez que tornam o piso escorregadio e aumentam as quedas.

Para um osso forte é necessária uma alimentação saudável com ingestão apropriada de cálcio, e ter níveis adequados de vitamina D; também a medicação e as doenças crónicas podem influenciar a densidade do osso. É também essencial a prática regular de exercício físico em qualquer idade, já que este fortalece o osso, e aumenta a força muscular e o equilíbrio, diminuindo o risco de quedas.

Não se esqueça, pense nos seus ossos antes que seja tarde de mais!

Texto originalmente publicado no Jornal Imediato a 16 de agosto de 2019

Tuberculose: O que é a doença e como a combater

 

Filipa Viveiros Assistente Hospitalar de Pneumologia do CHTS

Filipa Viveiros – Assistente Hospitalar de Pneumologia do CHTS

A tuberculose é uma doença infeciosa e contagiosa que se transmite por via inalatória. Perante a exposição a um caso doente, 30 por cento dos indivíduos ficam infetados. Destes, cinco por cento desenvolveram doença nos primeiros dois anos após contacto e outros cinco por cento desenvolveram doença mais tardia.

A probabilidade de transmissão depende alguns fatores como: infecciosidade do caso índice, a suscetibilidade do indivíduo exposto e o local de exposição (espaços fechados e mal ventilados), proximidade, frequência e duração.

Dentro dos fatores de suscetibilidade, são considerados fatores de risco para desenvolvimento da doença: medicação ou condição de imunossupressão (infeção VIH, diabetes, insuficiência renal), além da silicose, alcoolismo e desnutrição.

A doença manifesta-se de forma insidiosa com o surgimento de tosse (seca ou com expetoração), febre (de predomínio vespertino), perda de apetite, emagrecimento, suores noturnos e cansaço. Podem ainda surgir falta de ar, dor torácica e expetoração com sangue.

O nível de suspeição de diagnóstico e tratamento precoces são as melhores formas de combater a doença, além do rastreio de contactos e instituição de terapêutica preventiva nos casos de infeção latente.

Filipa Viveiros

Assistente Hospitalar de Pneumologia do CHTS

 

Este texto foi originalmente publicado no Jornal Imediato, a 31 de julho de 2020.